sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ANÚBIS - O DEUS CHACAL


Anúbis, também conhecido como Anupu. (Anupu em egípcio, "o que conta os corações"), filho de Néfitis e Osiris, Anúbis é uma das mais antigas divindades da mitologia egípcia e seu papel mudou à medida que os mitos amadureciam, passando de principal divindade do mundo inferior a juiz dos mortos. Era Anúbis quem presidia as mumificações, pois era o guardião dos conhecimentos desta técnica. Anúbis também tinha a função de ser o protetor das tumbas. Era também quem conduzia a alma dos mortos no além. Anúbis tem permissão de julgar os seres humanos no momento da morte. Seu instrumento de trabalho é a balança da verdade, na qual ele coloca as almas dos desencarnados e avalia se elas merecem castigo ou salvação.

É representado com corpo de homem e cabeça de chacal, animal conhecido por seu temperamento implacável. Justo, porém severo e nada misericordioso, Anúbis é uma das divindades que mais inspiraram temor nos antigos egípcios. Na Época Greco-Romana, Anúbis foi investido de novas incumbências, encarnando numa deidade cósmica, regente dos céus e da terra. Etimologicamente, o epíteto “Anupus” pode possuir a sua origem na palavra inep, empregue com o significado de “purificar”. A imagem de Anúbis, nas suas díspares representações, é uma constante não apenas nas múmias e sarcófagos, mas também nas vinhetas dos papiros funerários. A estatueta de Anúbis com cabeça de cão selvagem constituía igualmente um amuleto, que colocava os defuntos sobre a proteção do deus. Evoca-se como exemplo o túmulo do jovem Tutankhámon, entre muitos outros.

SACERDOTES DE ANUBIS
"Nós, os Chacais, sacerdotes de Anúbis, somos os guardiães de suas tumbas gloriosas ou sepulturas humildes. Somos os guardiões dos mortos. Somos os servos de Anúbis. Somos a Cinópolis." - Capítulo dos Mortos, Livro de MaatOs sacerdotes de Anúbis, chamados "stm", usavam máscaras de chacais durante os rituais de mumificação.

MUMIFICAÇÃO - Pessagem das Almas-Antes da Pesagem das Almas (Julgamento) ocorria à mumificação, que para os antigos egípcios era um ritual sagrado, para eles o corpo era constituído de diversas partes: o ba, ou alma, o ka, ou força vital, e o akh, ou força divina inspiradora da vida.
Para alcançar a vida depois da morte, o ka necessitava de um suporte material, que habitualmente era o corpo (khet) do morto. Este devia manter-se incorrupto, o que se conseguia com a técnica da mumificação. Os sacerdotes funerários encarregavam-se de extrair e embalsamar as vísceras do corpo. A técnica de embalsamar era muito complicada, e os sacerdotes deviam ter conhecimentos de anatomia para extrair os órgãos sem danificá-los.
Primeiro extraíam o cérebro introduzindo um gancho no nariz, depois de terem partido o osso etmóide. A seguir; marcavam, com um pincel, uma linha no lado esquerdo do corpo, onde faziam um corte para extrair as vísceras. O coração, que devia controlar o corpo no Além, e os rins, ao qual o acesso era difícil ou por motivos ainda não revelados (descobertos), permaneciam dentro do morto. As vísceras eram lavadas com substâncias aromáticas e colocadas em Vasos Canopos (vasos ou urnas de pedra), representando divindades chamadas Filhos de Hórus, que protegiam as vísceras da destruíção. Eram quatro vasos, com tampas em forma de homem, de chacal, de falcão e de macaco. A partir da XXI dinastia, estes órgãos eram enfaixados e colocados dentro do corpo do morto.

HORÓSCOPO EGÍPCIO (de 16 de DEZEMBRO a 15 DE JANEIRO)
As pessoas nascidas sob o signo de Anúbis são inteligentes, perseverantes e determinadas. Lutam com afinco pelo sucesso financeiro e profissional, mas geralmente demoram a colher os frutos dos seus esforços. Tudo porque têm uma missão importante trabalhar. E, se por acaso alcançassem suas metas cedo demais, poderiam acabar se desviando dessa rota. Como o deus que os caracteriza, os nativos desse signo são sempre justos e ponderados, evitando emitir opiniões levianas e colocando sempre seus valores morais em primeiro lugar. Quando deparam com alguma coisa que consideram “erradas”, podem assumir o papel de juízes e agir de forma implacável, sem darem grandes aberturas para diálogos ou justificativas.

A cerimônia da psicostasia (julgamento) realizava-se na Sala das Duas Verdades. Em uma das extremidades dessa sala, encontrava-se Osíris, sentado no trono e acompanhado por outros Deuses e 42 juízes. No centro da sala, colocava-se a balança em que se pesava o coração. O coração humano era considerado pelos egípcios a sede da consciência.

Nenhum comentário:

Verox